Chá da Meia Noite

Tenho um novo hábito agora...

Chá da meia noite

Chá que me alivia

Chá que me envia

Envia meu pensamento

Seguindo os caminhos do vento

Expandindo pra todos os lados

Amando por braços alados

É quando me sinto mais livre

Na hora que estou tão só

Mas as conexões são extremas

E vejo então que a alma não é pequena.

Chá da meia noite

Meia caneca

De gole em gole

Olhando o céu

Chá da meia noite

Que me esquenta

No que alimenta

A alma aumenta

Converso com deus

Com o céu

Com a lua

Com o ar

Me vejo na sua

Nos vejo na mesma

Respeitando tudo

Do jeito que está

Me ligo ao bem

Me ligo aos espíritos

Da alma translúcida

Pra me ajudar

Chá da meia noite

Acalenta minha alma

Que urge por expandir

Urge por encontrar

Marcelo Bullos Jr.:

Sobre a Arte

Todos nós gostamos de imaginar que a arte pode surgir de lugar nenhum e nos causar um impacto de algo que jamais tenhamos visto, lido ou escutado anteriormente. A maior verdade é que tudo - toda pintura, todo filme, toda peça, toda canção - origina-se em algo anterior. É uma cadeia de respostas humanas! A beleza e o poder da arte é que ela jamais pode ser padronizada ou mecanizada. Tem que passar por uma troca humana, passada de mão em mão, ou então não é arte! É infinitamente velha e nova ao mesmo tempo, isto porque sempre há novos artistas ouvindo e vendo obras que surgiram antes deles, buscando inspiração e criando algo deles próprios tendo por base o que se foi absorvido!